O início das obras resulta de um protocolo de cooperação no domínio da habitação entre a empresa Organizações Ribeirinho, proprietária do projecto, e a Caixa de Previdência e Aposentação dos Trabalhadores Tributários (CPATT), rubricado pelos presidentes dos Conselhos de Administração das duas instituições, Hernani José Ribeiro e Eurídice Cristina Alves, respectivamente.

Nilton Ribeiro, director executivo do grupo Organizações Ribeirinho, avançou que o protocolo direcciona as primeiras moradias para o benefício dos filiados da CPATT. A Caixa de Previdência e Aposentação dos Trabalhadores Tributários é a entidade que cuida da área social da Administração Geral Tributária (AGT).

De acordo com Nilton Ribeiro, as primeiras mil residências vão ser construídas no prazo de um ano, ou seja, vão ser erguidas até Abril de 2025 pela empresa de construção China Tiesiju Civil Engineering Group (CTCE). Esta fase do projecto cria mais de quatro mil empregos (dois mil directos e 2.500 indirectos).

Nilton Ribeiro lembrou que o projecto está aberto a todos os cidadãos interessados em adquirir uma moradia, desde que acedam através das várias modalidades actualmente disponíveis, "como pronto pagamento e de forma faseada (por prestações), num processo que pode ser facilitado por via de bancos comerciais com base no Aviso 9 do BNA.

"Com o início das obras de construção das residências se abre um caminho para que o projecto caminhe como previsto, e apesar de estarmos a avançar com o protocolo continuamos abertos a todos os cidadãos interessados, pois estamos  a falar de um projecto de 5 mil fogos habitacionais”.

O projecto Habitacional "Onzo Yami” - A Minha Casa, O Meu Lar, é uma iniciativa das Organizações Ribeirinho e a empresa chinesa Guizhou "7ª Construção e Engenharia Angola”, na qualidade de investidor.

Nasceu em 2013, com o registo e aquisição dos direitos de superfície, numa área bruta de mais de 300 hectares (três quilómetros quadrados), no âmbito da execução do Projecto de Investimento e Construção de 60.000 habitações e foi aprovado pelo Decreto Presidencial nº 17/15, de 5 de Janeiro de 2015, com publicação em Diário da República I Série, nº 2, de 5 de Janeiro.

Avaliado em 198 mil milhões de kwanzas (375 milhões de dólares), o projecto procura responder às necessidades do mercado habitacional, e integra, segundo a planta, além dos cinco mil fogos habitacionais, largos de recreação e lazer, escolas, mercados, creches, Casa da Juventude, lar para a 3ª idade, hospitais, áreas de implantação de igrejas e outros equipamentos sociais, como postos de abastecimento de combustíveis, Serviços Integrados de Apoio ao Cidadão, postos policial e de Protecção Civil e Bombeiros, além de áreas verdes e arborizadas, capazes de garantir momentos lúdicos e de recreação.

Numa fase avançada, projecta-se também a integração de 11 edifícios previstos no Centro de Negócios, onde deverão integrar moradias (como parte dos cinco mil fogos), bancos, superfícies comerciais e outras unidades de negócios ligados ao sector do retalho e da distribuição logística.