Política

Rwanda pede união contra a ideologia do genocídio

António Gaspar |

Jornalista

O embaixador do Rwanda em Angola, Charles Rudakubana, defendeu, ontem, em Luanda, a união dos rwandeses e da comunidade global contra a ideologia do genocídio, discurso de ódio e a negação de verdades históricas.

25/04/2024  Última atualização 10H35
A cerimónia em Kigali foi marcada pelo o acender da chama © Fotografia por: DR

O diplomata, que discursava durante a cerimónia que visou assinalar o 30.º aniversário do genocídio de 1994, contra a população Tutsi, realizada em Luanda, sob o lema "Lembrar-Unir- Renovar”, referiu que a comemoração da data proporciona uma oportunidade de reflexão, tanto para os rwandeses quanto para a comunidade global.

"O progresso do Rwanda, nos últimos 30 anos foi significativo, com avanços notáveis em união e reconciliação, justiça para os sobreviventes e segurança nacional. Estes esforços promovem uma sociedade estável e progressista, dedicada a manter os valores de unidade e paz", disse. Apesar dos progressos, o embaixador do Rwanda sublinhou que a ameaça da ideologia genocida persiste, exigindo, por isso, vigilância contínua e medidas proactivas, realçando o facto de o ressurgimento de tais ideologias, particularmente na região, aconselhar a necessidade de unidade na luta contra o possível e iminente vício do genocídio, instigado por alguns líderes na Região dos Grandes Lagos.

Charles Rudakubana lembrou de que o genocídio contra os tutsi ocorreu sob a vigilância da Comunidade Internacional e de países poderosos, que "não lhe deram a atenção devida”, resultando o acto no massacre de mais de um milhão de cidadãos afectos àquela tribo.

Em 1994, continuou o embaixador, o genocídio foi interrompido devido aos esforços corajosos da Frente Patriótica do Rwanda, que colocou o país num caminho de recuperação e reconstrução.

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