O responsável provincial explicou que, apesar de vários constrangimentos de ordem natural, a província regista um balanço positivo em termos de produção agrícola nos potenciais municípios agrícolas.

"Temos uma vasta extensão de terras para a prática da agricultura, se compararmos com as demais províncias, mas temos uma produção considerável que chega a tempo inteiro à mesa das famílias”, disse.

A província de Luanda apresenta ainda casos de desnutrição, mas adianta que neste sentido o seu pelouro tem vindo a trabalhar com a população e cooperativas para aumentar as zonas de exploração agrícola e os níveis de produção para proporcionar mais alimentos aos cidadãos.

Por isso, sublinhou, o acto formativo não poderá ser apenas observado por um conjunto de cooperativas existentes, mas o foco está no número de cooperantes, por ser o elemento fundamental da criação do programa.

"Um dos produtos mais produzidos nas áreas agrícolas de Luanda são os tubérculos e isso já ajuda no factor da malnutrição”, considerou.

Apoios

Como plano estratégico para o crescimento e desenvolvimento do sector, nesta altura, o programa conta com o apoio do Fundo de Garantia e Crédito (FGC), do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e de outros parceiros para  as cooperativas que produzem, que têm o apoio de um comité de crédito.

O projecto está igualmente virado ao aumento da produção nacional e a empregabilidade. Além da participação de agentes de cooperativas, associaram-se ao projecto cidadãos interessados.

"Nesta componente de formação não vamos apenas instruir como gerir a caixa, mas também levar o lado empresarial aos cooperantes e cidadãos em geral”, destacou.

A acção formativa sobre o referido programa vai ajudar a impulsionar a actividade no seio das cooperativas, porque após receberem o financiamento estarão melhor preparados para a gestão rigorosa dos recursos  adquiridos.

João Pedro considerou ainda o acto formativo como instrumento para  estimular a actividade na província, particularmente nas zonas potencialmente agrícolas, como os municípios de Icolo e Bengo, Quiçama e Cacuaco.

Embora tenha o seu início no município de Viana, o processo vai ser alargado para as demais parcelas da província, onde cada uma terá a sua data e programa para o arranque.