Economia

Suspeitas de peste suína em fazendas do Bengo

António Canepa/ Bengo

Jornalista

Casos suspeitos de peste suína africana foram detectados, nos meses de Janeiro e Fevereiro, nas fazendas Taona e Gronly, respectivamente, do Quicabo e do Perímetro Irrigado Caxito Rega, município do Dande, de acordo com informações obtidas do Departamento do Bengo dos Serviços de Veterinária de Angola (SVA) que também apontam, para a retirada da carne da espécie do mercado da província.

06/03/2024  Última atualização 06H31
Chefe dos Serviços de Veterinária do Bengo, Ana Maria Fita © Fotografia por: DR

A chefe dos Serviços de Veterinária, Ana Maria Fita, disse ao Jornal de Angola que as suspeitas foram notificadas pela Administração Comunal do Quicabo e do Perímetro Irrigado de Caxito Rega, com relatos da existência de uma doença estranha que estava a dizimar os suínos.

Técnicos dos SVA foram imediatamente despachados para a Fazenda Gronly, do Perímetro Irrigado Caxito Rega,  e, pelas características clínicas da doença, concluíram que pode se tratar da peste suína, decidindo ordenar a desinfestação imediata das pocilgas, bem como o uso de rodalúvios e pelúvios.

As medidas consistem na desinfestação dos pés pelo pessoal que frequenta a fazenda, bem como das rodas das viaturas ao entrar para as fazendas, além da incineração das carcaças dos animais mortos, proibição da circulação de suínos e o abate de todos os animais infectados.

Um acompanhamento sanitário está em curso para ver se são registados mais casos em outras fazendas ou por criadores singulares, para determinar definitivamente se se está diante de um surto  da peste suína africana.

 

Interdição do comércio

Os Serviços Veterinários vão continuar a acompanhar as medidas tomadas e implementadas e a retirar a carne suína dos mercados, alertando a população de que a carne infectada não pode ser consumida, apesar de a doença não ser contagiosa para os humanos.

"Há a possibilidade de as populações comercializarem esta carne. Por isso, estamos a trabalhar com os mercados e polícia para a retirada deste produto dos locais de venda, para evitar a circulação do vírus que causa a doença", afirmou a chefe dos SVA do Bengo.

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