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Timor deve reforçar investimento nos sectores da Saúde e Educação

Timor-Leste está a implementar um amplo programa de combate à fome, à subnutrição e ao atraso do crescimento infantil com níveis de satisfação, que deve ser reforçado com um investimento anual, até 2030, de 6,46 milhões de euros, visando o desenvolvimento humano.

07/04/2024  Última atualização 13H42
Autoridades de Timor devem orientar as acções sociais aos grupos mais vulneráveis do país © Fotografia por: DR

A apreciação é do Banco Mundial, partilhada num relatório de avaliação dos custos indicativos para consolidar o Plano Nacional de Acção para a Nutrição e Segurança Alimentar, noticiou, ontem, a Lusa. Em comunicado, o BM refere que o documento estima que, em oito anos, o custo seja de 55 milhões de dólares distribuídos pelos sectores da Saúde, Educação, Indústria, Obras Públicas, Água e Agricultura".

"Este custo traduz-se num aumento anual de sete milhões de dólares em investimento em nutrição, a partir do nível actual que é de cerca de 49 milhões de dólares", refere o Banco Mundial.

Timor-Leste tem uma das taxas de atraso no crescimento mais elevadas do mundo, ou seja, afecta quase metade (cerca de 47%) das crianças com menos de cinco anos, e aquele aumento no investimento "representaria apenas 0,3% do PIB do país", indica o Banco Mundial. No entanto, refere que Timor teria "retornos significativos em termos de saúde e produtividade".

"Aumentar o investimento na nutrição materna e infantil, desde a concepção até o segundo aniversário da criança, é vital para prevenir o atraso no crescimento infantil e promover o desenvolvimento do cérebro e reduzir as doenças infantis, o que levaria a uma população mais saudável", salienta a organização de "Bretton Woods".

Além disso, sublinha o Banco Mundial, como o "atraso no crescimento está associado à redução da aprendizagem e à perda de produtividade na idade adulta, os investimentos na nutrição podem melhorar o capital humano de Timor-Leste, com dividendos de desenvolvimento económico a longo prazo".

O relatório sublinha a "urgência de adoptar uma abordagem acelerada para a redução do atraso no crescimento, recomendando a priorização de intervenções sectoriais de elevado retorno". Citado no comunicado, o representante do Banco Mundial em Timor-Leste, Bernard Harborne, afirma que programas de assistência monetária são importantes no combate ao atraso no crescimento e que será "importante o Governo rever a forma com os programas podem ser usados para apoiar mulheres grávidas e crianças, durante os primeiros mil dias de vida".

Em Novembro passado, o Banco Mundial já tinha alertado que Timor-Leste enfrenta uma crise de capital humano e que é necessária uma acção urgente para que as crianças possam realizar o "potencial produtivo na vida adulta".

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