Opinião

Todos juntos pela Paz e Reconciliação Nacional

A paz que hoje celebramos como uma das maiores conquistas da história do heróico Povo Angolano deixa para trás uma vastidão de sangue, suor e lágrimas, vertidos por muitos dos melhores filhos da Nação, que merecidamente têm os nomes e feitos eternizados no panteão dos Heróis Nacionais que, pela Pátria, tudo deram, até mesmo a própria vida.

04/04/2024  Última atualização 07H00
Com a certeza de que tristezas não pagam dívidas, a construção de uma Angola melhor, transformada num espaço agradável para se  viver é, dentre outros objectivos nacionais, a missão que evoca o envolvimento de todos os cidadãos verdadeiramente comprometidos com a vontade de triunfar. As marcas de um passado nefasto que durante largos anos marcou a vida dos angolanos deve dar lugar à caminhada rumo ao desenvolvimento tão almejado pelo sofrido povo angolano, conhecido no mundo pela sua resiliência e capacidade de, mesmo na tristeza, encontrar motivos para soltar um sorriso alegre, fruto da sua natural idiossincrasia.

Nestes 22 anos de paz, marcados por avanços e recuos no capítulo social, político, económico e outros, não restam dúvidas de que a esperança maior dos angolanos esteja totalmente voltada para a materialização da paz social, representativa da melhoria das condições de vida, como factor que justifica os sacrifícios consentidos ao longo do tempo.

Na perspectiva do acima referido, a visão de uma nova Angola deve representar o abandono do estereótipo de vencedores e vencidos, governantes e governados, porquanto, todos juntos, somos poucos para os grandes desafios que a pátria impõe aos seus filhos, com realce para a Paz cuja preservação é um imperativo absoluto.

No mesmo diapasão, considerando que o conceito de Angola, enquanto pátria, está acima de tudo e todos, a celebração da efeméride deve servir de barómetro para aferir o grau de consolidação do Estado Democrático de Direito para o qual todos os angolanos são chamados a participar de forma activa, independentemente das ideologias, ideais, opções políticas, religiosas e demais propósitos pessoais. Esta visão de prioridade da causa colectiva sobre a singular impõe a adopção de uma postura de andarmos de mãos dadas, que seja representativa do dever de, todos juntos, trabalharmos para a efectivação do sonho perene dos angolanos, em usufruir os frutos de uma Angola livre, em paz, harmoniosa e os demais adjectivos do bem e justiça social.

Vivemos, indubitavelmente, tempos difíceis de manejar. Contudo, a vontade é o factor determinante para se ultrapassar as contingências negativas do contexto, sendo este mais um desafio à característica do povo angolano, talhado nas adversidades vencidas pelo espírito de que a esperança é, sempre, a última a morrer.

O tempo é de trabalho. A caminhada é longa e a meta inatingível, da percepção de que a construção de qualquer nação é um imperativo permanente, no afã de deixar-se o país melhor para as gerações vindouras. É, pois, com a esperança em dias melhores que os angolanos celebram o vigésimo segundo aniversário do Dia da Paz.

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