Em Angola, como em muitos países do mundo, o 1º de Maio é feriado nacional e costuma ser celebrado com marchas e comícios, em que se fazem discursos reivindicativos de direitos dos trabalhadores. Não é uma data qualquer.
Hoje, a nossa Nação e, particularmente, a comunidade jurídica assinala um ano da entrada em funções dos juízes de garantias, magistrado com dignidade constitucional que, entre nós, passou desde 2 de Maio de 2023 a ter a responsabilidade de salvaguardar os direitos individuais de qualquer pessoa alvo de investigação por um suposto acto criminal derivado da sua conduta.
Maputo's bridge, ofcourse! A Ponte que liga as duas margens da Baía é hoje um ex-libris de Maputo, enlevo que o visitante que chega à capital moçambicana pode contemplar à janela de um avião, convidando-o a percorrê-la em terra e desfrutar da sua beleza e robustez. Aconteceu comigo.
Solícito, o jornalista Ouri Pota e sua "turma”: Maló (o dono do carro), Américo (o mais velho e proprietário da taberna onde se afinam as conversas e se afogam as mágoas) e o Manhiça (pintor de pena refinada e dono de uma lábia humorada que escorre como o Rio Maputo) entenderam organizar um almoço (domingo 03.03.24) na Margem Sul da cidade, onde o Pota faz a sua casa para o pós-cinquenta envolta numa floresta por ele plantada. Pedido feito, pedido atendido: ver a ponte de perto.
Percorremo-la de carro, depois de cuidarmos da logística que consistiu em "comícios e bebícios”. O embarcadouro, que vai sucumbindo aos poucos, depois da construção da Ponte, foi a primeira paragem.
- Já foi um local muito movimentado que acolhia muita farra e festas. - Explicou o Manhiça.
Há barracas que resistem ao tempo e algumas pequenas embarcações (de recreio) que ainda fazem a travessia da Baía levando este ou buscando aquele. Senhoras de todas as idades estão envolvidas na venda de peixe grelhado, à semelhança da nossa Ilha de Luanda e os cantineiros não perdem a oportunidade para o comércio a retalho. As viaturas que atravessavam por cima de jangadas fazem hoje uma travessia segura e prazerosa, pagando uma portagem que varia em função da categoria do veículo (semi-colectivo 30 meticais; autocarro 60; primeira classe 125; etc.).
A ponte Maputo–Katembe liga os distritos de Nlhamankulu (margem Norte) e Katembe (margem Sul). É hoje a maior ponte suspensa de África, remetendo para a segunda posição a ponte de Matadi (RDC).
As obras decorreram entre 2014 e 2018, tendo sido inaugurada no dia 25 de Junho (data da Independência) e aberta a circulação a 10 de Novembro, coincidindo com os 131 anos da fundação de Maputo (antiga cidade de Lourenço Marques).
A parte suspensa da ponte possui quatro faixas de rodagem (duas em cada sentido), 680 metros de comprimento e atravessa a Baía de Maputo a uma altura de 60 metros.
O viaduto Norte mede 1.097 metros de comprimento e está ligado à rotunda da Praça 16 de Junho (com acesso às estradas nacionais EN2 e EN4) no bairro da Malanga, em Maputo. O viaduto Sul mede 1.234 metros de comprimento e é composto por elementos pré-fabricados até 45 metros de comprimento, conectando-se à estrada para a Ponta do Ouro.
O vão entre os dois pilares é de 680 metros, o maior de África. Os principais cabos de suporte estão ligados através de cabos de aço no Norte e no Sul, cada um com um bloco de ancoragem maciço. As cargas extremamente elevadas da estrutura demandaram fundações de estacas com diâmetros de 1,50 m a 2,20 m, que atingem 110 m de profundidade no subsolo marinho (lama). Os dois pilares têm 141 m de altura e a uma altura de cerca de 40 m existe uma viga transversal para a faixa de rodagem. As peças individuais pré-fabricadas de aço para a faixa de rodagem têm cada uma 25,60 m de largura e 12 m de comprimento.
Construída por uma empresa chinesa e financiada, igualmente, por um banco daquele país, a Ponte Maputo-Katembe é prova de que com coragem e determinação é possível erguer obras tecnicamente desafiadoras, esteticamente lindas e com utilidade socioeconómica. É também um apelo aos presentes e futuros que, no caso de Angola, já clamam por passos semelhantes. A Ponte de Matadi, sobre o Rio Zaire, em território congolês, pede uma "irmã” mais a Oeste que nos permita chegar cedo a Cabinda (embora do outro lado haja uma língua de terra que pertence à RDC, a Sul de Cabinda). Por outro lado, temos o Mussulo. O pagamento de portagens, como já acontece na circulação sobre a Ponte do Rio Kwanza, a Sul de Luanda, pode amenizar o retorno dos investimentos.
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