Opinião

Um Sistema Nacional de Saúde funcional depende de todos nós

A saúde das pessoas está, em todas as circunstâncias, em primeiro lugar, um pressuposto que o Executivo pretende, permanentemente, fazer jus apostando num sector que é estruturante para o bem-estar dos angolanos de Cabinda ao Cunene.

06/04/2024  Última atualização 07H00
Tudo começa e passa pelo estado da saúde das pessoas, uma realidade complexa que envolve, além da assistência médica e medicamentosa, o compromisso das autoridades de continuar a investir em infra-estaruturas e formação de pessoal, e não só, em como o sentido de compromisso, responsabilidade e seriedade dos utentes.

Da parte das autoridades, tal como reafirmou o Presidente João Lourenço, na cerimónia de inauguração da 1ª fase do Hospital Militar Principal-Instituto Superior, em Luanda, há garantia de que o sector da Saúde vai continuar a conhecer novos investimentos, desde a construção de unidades sanitárias, de todos os níveis, até à melhoria do Sistema Nacional de Saúde.

O Chefe de Estado lembrou que "o dinheiro pode não estar disponível”, mas que se vai efectivar a luta permanente da busca de recursos financeiros para o referido desiderato, facto que demonstra o firme compromisso de transformar o sector da Saúde num instrumento incontornável para dar saúde aos angolanos.

Trata-se de um processo contínuo em que terão de intervir, também, outras variáveis, para que o funcionamento pleno do Sistema Nacional de Saúde seja uma realidade e uma responsabilidade de todos.

Embora as instituições do Estado tenham responsabilidades acrescidas, não há dúvidas de que os outros intervenientes devem, igualmente, ser chamados a jogar o seu papel.

É expectável que as instituições privadas de formação dos técnicos de Saúde, a vários níveis, sejam capazes de corresponder às expectativas de um Serviço Nacional de Saúde à altura das infra-estruturas que estão a ser erguidas pelo país.

É preciso que os funcionários e utentes das infra-estruturas construídas e reabilitadas, um pouco por todo o país, redobrem o sentido de compromisso, responsabilidade e profissionalismo no uso das ferramentas colocadas à disposição.

É verdade que não temos ainda um Serviço Nacional de Saúde com um atendimento desejável a todos os níveis, mas se olharmos desapaixonadamente para numerosos casos, alguns deles até problemáticos que envolvem reacções ásperas de familiares de pacientes, notaremos que parte da responsabilidade recai, também, para aqueles últimos.

Quantos casos de pacientes que chegam em estado crítico, muitas vezes que resvalam para fatalidades, não se devem à chegada tardia às unidades hospitalares?

Não podemos esperar que o sector da Saúde funcione na perfeição se houver negligência de familiares, cujos actos de irresponsabilidade acabam injustamente imputados ao pessoal médico.

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