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Vandalismo causa prejuízo de mais de 13 mil milhões

Mais de 13 mil milhões de kwanzas é o valor que o Caminho-de-Ferro de Luanda perdeu no primeiro trimestre deste ano, devido à vandalização dos meios, informou, ontem, o administrador técnico da empresa.

25/04/2024  Última atualização 11H35
Lixo deixado na linha férrea tem gerado danos financeiros © Fotografia por: DR

Manuel Lourenço disse que, diariamente, são vandalizados os meios do Caminho-de-Ferro de Luanda. "A vandalização atingiu níveis acima do normal. Os vândalos já retiraram 1.200 pregações da linha ferrea, peças-chaves para garantir a locomoção dos comboios”.

A pregação muito mais procurada por vendedores sucata, explicou, é a pandrol, que no momento começa a escassear no "stock”. Todo o material do Caminho-de-Ferro, esclareceu, vem do exterior do país. "Em Angola, não temos lojas para comprar essas peças e quando falamos em aquisição no exterior do país temos de ter em conta o valor das divisas”, lamentou.

Até o principio deste ano, realçou, a empresa tinha danos acima dos 13 mil milhões de kwanzas. "São somas avultadíssimas”, avançou, acrescentando que as novas estações, em construção, também já estão a ser vandalizadas. "As estações que estão a ser erguidas em Luanda e ainda não foram inauguradas estão a ser alvo desta prática”, criticou, além de esclarecer que o perímetro ferroviário de Viana é onde há maiores acções de vandalização.

Um dos aspectos negativos, apontou, são os vendedores do município de Viana, que insistem em vender por cima da linha férrea. "Este problema, associado ao lixo deixado na linha férrea, tem gerado muitos danos financeiros à empresa”, criticou.

Para Manuel Lourenço, as pessoas que circulam próximo à linha férrea devem ter mais atenção com a própria vida, que põem em perigo. "É muito comum, devido a comportamento como esse, ainda haverem casos de pessoas colhidas pelo comboio”.

Os actos de vandalismo, lamentou, atingiram o novo aeroporto internacional de Luanda, onde foram saqueados os bens colocado na instalação. "Infelizmente, a situação está a se tornar alarmante”, referiu administrador técnico da empresa.

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