Economia

Volume de negócios da Sonangol atinge 10,9 mil milhões de dólares

Nádia Dembene

Jornalista

A Sonangol anunciou, quinta-feira, um volume de negócios de 10,9 mil milhões de dólares, no ano passado, e um resultado líquido de 3,1 mil milhões de dólares em 2023, contra os 5,3 mil milhões de dólares de 2022.

24/02/2024  Última atualização 09H45
Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins © Fotografia por: DR
O resultado representa uma queda de 41,5 por cento, num ano que a petrolífera sublinha ter sido "marcado por múltiplos desafios, cujas consequências têm sido visivelmente nocivas, à escala global".

Em 2023, o volume de negócios da Sonangol foi de 10,9 mil milhões de dólares, contra os 13,4 mil milhões de dólares de 2022, uma descida de 18,6 por cento.

De acordo com o comunicado sobre o desempenho operacional e financeiro da petrolífera referente a 2023, a instabilidade no ambiente geopolítico e o seu consequente impacto no comportamento dos mercados reflectiram-se no preço do barril de petróleo e na rentabilidade dos agentes económicos. Nesse cenário, as ramas angolanas foram comercializadas ao preço médio de 82,04 dólares por barril contra os 102,21 comercializados em 2022.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu 3,2 mil milhões de dólares. A petrolífera fez investimentos de cerca de 2 mil milhões de dólares, dos quais 98 por cento na cadeia primária de valor, com destaque para projectos de desenvolvimento dos blocos 0, 15/06 e 17/20 e desembolsos referentes aos projectos de construção das Refinarias do Lobito e de Cabinda.

Com os referidos investimentos, que representam um aumento de 41 por cento em relação ao ano anterior, a empresa "reforça a posição no mercado, focando-se na cadeia primária de valor e nas energias renováveis", salientou a Sonangol.

Obras do Terminal Oceânico do Dande são concluídas em Junho

Nádia Dembene

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, reafirmou ontem, em Luanda, a conclusão das obras da Refinaria de Cabinda e do Terminal Oceânico da Barra do Dande para o segundo semestre do ano em curso.

Gaspar Martins, que falava em conferência de imprensa em alusão ao 48º aniversário da petrolífera, avançou que a Refinaria de Cabinda se encontra  na fase de execução física de 49 por cento, enquanto o Terminal Oceânico da Barra do Dande está em 70 por cento.

O PCA da Sonangol sublinhou ainda que se perspectiva, na primeira fase da Refinaria de Cabinda, o processamento de 30 mil barris de petróleo por dia e na segunda fase, o dobro. 

Quanto ao Terminal Oceânico da Barra do Dande, Gaspar Martins garantiu que as reservas estratégicas processadas em outras refinarias passarão a ser armazenadas em território nacional, assim como acontece em outros países.  "Durante muito tempo tivemos um armazenamento flutuante que não era  a melhor via e, no entanto, vamos tirar vantagens nestes dois projectos, por isso vamos continuar a trabalhar até à execução final dos projectos", disse Gaspar Martins.

O gestor fez saber ainda que o objectivo é atingir os 425 mil barris de petróleo por dia para serem processados em Angola, tendo acrescentado ser uma desvantagem fazê-lo no exterior do país.

Em relação ao abastecimento de combustível, Gaspar Martins reconheceu ainda existir algumas províncias que merecem uma especial atenção, por sofrerem alguma escassez, nomeadamente Cabinda, Zaire e Cunene.

Gaspar Martins afirmou que a Sonangol tudo tem feito para garantir que os níveis de distribuição possam chegar a todos os pontos do país.

Por isso, considerou positivo o  plano de reestruturação levado a cabo pela distribuidora. 

"Estamos num processo de optimização de recursos, fizemos a reorganização da empresa, tendo surgido cinco  unidades de negócio na cadeia primária de valor. Mas temos que se reajustar em função da realidade não só da empresa, como também a do país", disse Gaspar Martins.

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