Angola tem, doravante, responsabilidades na gestão dos recursos hídricos internacionais em prol do desenvolvimento económico sustentável, depois de ter assumido na sexta-feira, em Casablanca, Reino do Marrocos, o estatuto de membro de pleno direito da Comissão Hidrográfica do Atlântico Leste (EATHC, sigla inglesa).
Angola está em vias de assumir um papel catalisador do crescimento económico da região Central e Ocidental do continente africano, mercê da modernização e operacionalização do Terminal Polivalente do Porto de Luanda pela Abu Dhabi Ports (ADP), num investimento de 410 milhões de dólares ao longo de uma concessão de 20 anos.
A previsão foi avançada, ontem, pelo ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d'Abreu, ao discursar na assinatura dos acordos de criação de joint-venture entre a Autoridade Portuária de Luanda, Unicargas e Multiparques com a empresa dos Emirados Árabes Unidos.
O primeiro acordo estabelece a criação de uma empresa mista vocacionada para a gestão das operações do Terminal Multiusos, no qual a AD Ports Group detém uma participação de 81 por cento do capital social, enquanto o segundo, na mesma modalidade, atribui os trabalhos de modernização das instalações do terminal, com uma participação de 90 por cento da ADP.
A cerimónia também ficou marcada pela assinatura de um memorando de entendimento entre a Unicargas, Multiparques e Autoridade Portuária de Luanda, a formalizar o alargamento da presença da ADP na gestão das rotas comerciais de ligação entre Angola e países da Ásia, África Austral e Ocidental, assim como a criação de outra joint-venture responsável por modernizar os serviços logísticos locais e regionais.
Os acordos foram rubricados pelo presidente do Conselho de Administração do Porto de Luanda, Alberto Bengui, o presidente executivo (CEO) do AD Ports Group, Mohamed Juma Al Shamisi, o coordenador do Comité de Gestão da Unicargas, Joaquim da Piedade, e o presidente regional da ADP-Abu Dhabi Ports, Mohamed Eidha Tannaf AlMenhali.
ADP-Abu Dhabi Ports, revelou Ricardo Viegas d'Abreu, deverá, na fase inicial, desembolsar 251 milhões de dólares destinados à modernização do terminal até agora operado pela Unicargas, valor que também será aplicado no desenvolvimento do negócio logístico, na perspectiva de que o investimento atinja os 410 milhões de dólares até à fase final do período de concessão, fixado em 20 anos e prorrogável por 10.
O ministro realçou o facto de o Porto de Luanda desempenhar um papel de relevo na economia angolana, sendo responsável pela movimentação de mais de 76 por cento dos volumes de contentores e de carga geral do país, além da localização geográfica estratégica permitir perspectivar um crescimento médio anual de 3,3 por cento nos próximos 10 anos.
O Porto de Luanda, frisou o titular dos Transportes, não é apenas a principal porta de entrada marítima de Angola, pois representa um centro crítico para o comércio regional e para a vitalidade económica do país e dos seus vizinhos, por configurar um dos principais centros de transbordo para a África Centro-Oeste, permitindo o acesso do comércio marítimo a países africanos sem litoral, como a República Democrática do Congo e a Zâmbia.
"A parceria estratégica com o AD Ports Group representa um marco significativo na nossa missão de modernizar as infra-estruturas e expandir o acesso ao comércio global, prometendo um futuro próspero para Angola e para os seus parceiros.”, disse o ministro.
Atrair os maiores
O presidente executivo do Grupo AD Ports Group, Mohamed Juma Al Shamisi, elogiou as autoridades angolanas pela materialização do acordo-quadro, assinado em 2023, reafirmando o compromisso de atrair as principais companhias marítimas globais e oferecer os mais "elevados níveis de eficiência e de qualidade do serviço", com vantagens recíprocas para o Dubai e Angola.
Joaquim Piedade referiu ser "uma oportunidade transformadora" no sentido de absorver conhecimentos e recursos globais, com vista a acelerar o processo de modernização e expansão do Porto de Luanda e da infra-estrutura logística.
"Juntos estamos empenhados em desbloquear novos potenciais, promover o crescimento económico e transformar Angola num actor chave no panorama do comércio marítimo global.”, avançou Joaquim da Piedade
Ritmo de execução
Nos termos do contrato de concessão do terminal, cabe a esta joint-venture a modernização das instalações multiuso e a sua transformação num terminal de contentores e Ro-Ro, abrangendo uma área de 178 mil metros quadrados para 192 mil metros quadrados.
Os trabalhos contemplam também a melhoria da parede de cais, a instalação de guindastes adicionais de navio-terra, guindastes de pórtico, entre outros equipamentos de última geração, sem descurar a ampliação dos actuais 9,5 para 16 metros de calado e modernização dos sistemas de TI.
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