Segundo dados da Central de Balanços do Banco Nacional de Angola (BNA), publicado no mês de Março do ano em curso, a avaliação teve uma cobertura estatística de 957 empresas das mais distintas classes de dimensão, correspondendo a um peso de 83,92 por cento do volume de negócio do conjunto de empresas cadastradas no INE no período em análise.

Os dados apontam que, no exercício de 2022, o sector apresentou um investimento em activo total de cerca de seis mil milhões de kwanzas, dos quais 808,4 milhões são constituídos por activo não corrente e 5, 2 mil milhões por activo corrente.

Naquele período, o sector da Construção obteve um resultado líquido positivo, pelo que a rentabilidade do capital próprio também é positiva, sendo que, para cada 100 kwanzas de capital próprio investido em média, as empresas obtiveram 10,05 kwanzas de lucro. Já em 2021, o sector obteve uma rentabilidade de 9,69 por cento, ou seja, para cada 100 kwanzas de capital investido, o sector obteve 9,69 kwanzas de lucro.

Em 2022, o sector apresentou uma queda de 381.352,66 milhões de kwanzas comparativamente a 2021, fundamentado, principalmente, pela evolução dos activos não correntes que apresentaram uma redução de 11,25 por cento.

Os activos correntes apresentaram igualmente diminuição de 5,02 por cento verificando-se uma diminuição das contas a receber de 10,17 e das disponibilidades em 5,01 por cento.

Relativamente à classe de dimensão, a evolução do volume de negócios do sector em 2022 foi influenciada sobretudo pelo desempenho das grandes empresas. Durante o referido período, o nível de participação das grandes empresas no volume de negócio do sector foi de 81,66 por cento, enquanto as demais empresas tiveram uma participação de 18,34 por cento.

Quanto ao retorno sobre as vendas (com realce aos serviços prestados), em 2022 as empresas do sector obtiveram uma rentabilidade de 8,17 por cento, contra 8,95 em 2021. Deste modo, nota-se a redução do ganho por unidade de serviços prestados ou vendidos no período em questão.