Desporto

Hat-trick de Guedes galvaniza petrolíferos

Jorge Neto

Jornalista

O hat-trick do avançado do Petro de Luanda, Alexandre Guedes, foi o ponto mais alto da goleada dos tricolores, ontem, no Estádio 11 de Novembro, aplicada ao São Salvador do Kongo, por 5-0, em desafio de acerto de calendário, referente à 18ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão.

25/04/2024  Última atualização 15H05
Atacante petrolífero (no centro) é saudado pelos colegas depois de marcar o terceiro golo © Fotografia por: agostinho narciso | edições novembro

Sem as presenças de Carlinhos e Gilberto, os petrolíferos entraram determinados a tomar conta das rédeas da partida desde cedo. Foi assim que o golo surgiu de forma natural, aos oito minutos, após um cruzamento de Jaredi, finalizado por Guedes.

Com a vantagem madrugadora no marcador, a formação orientada por Alexandre Santos pautou o jogo como quis, controlou as acções dos adversários, incapazes de construir jogadas que importunassem o guarda-redes Hugo.

Insatisfeitos com a magra vantagem, os tricolores ampliaram o resultado, aos 38 minutos, com bis de Guedes, novamente de cabeça. O jogo tinha apenas um sentido e a goleada estava a ganhar corpo. 

Os visitantes foram os primeiros a mexer no xadrez da equipa em função da contrariedade de MC, que saiu lesionado e substituído por Jaúda. A situação em nada alterou o quadro.

Para comprovar a apetência dos bicampeões para os golos, Tiago Azulão não deixou os créditos em mãos alheias, aos 35´, depois de ficar isolado com o guarda-redes Valdez. A saga continuou e Guedes completou o hat-trick, aos 45´, de cabeça. Era a tarde do camisola 23 tricolor.

As debilidades defensivas, demonstradas pelos comandados de Finda Mozer, foram aproveitadas pelos petrolíferos que, ao intervalo, já venciam por 4-0. O resultado era igual ao do desafio anterior na deslocação feita ao Lobito ao encontro da Académica.    

No reatamento, os dois técnicos refrescaram as equipas com substituições. Os tricolores ambicionavam ampliar o resultado, talvez, para fazer números históricos. Por outro lado, os salvadores precisavam de uma prece bastante forte para encurtar a desvantagem ou evitar o balanceamento das redes fossem outra vez.

Alexandre Santos aproveitou para dar mais minutos a alguns jogadores suplentes, reduziu a pressão sobre o adversário num ritmo quase de treino, talvez a pensar na próxima deslocação ao Desportivo da Lunda-Sul, no sábado, no desafio entre o primeiro e o terceiro classificado.

O primeiro ataque perigoso dos visitantes aconteceu aos 79 minutos, através de um remate de Silva, que embateu no travessão da baliza de Hugo, até então, um mero assistente no jogo.

O São Salvador acreditava que podia marcar o golo de honra, porém, na resposta, Inácio Miguel fechou as contas aos 86 minutos, numa jogada rápida do ataque tricolor.

Com esta vitória, o Petro de Luanda juntou-se ao Sagrada Esperança na segunda posição, com 43 pontos, menos um em relação ao líder Desportivo da Lunda-Sul.

Luís Garcia (Petro de Luanda) "Tornámoso jogo fácil”

Visivelmente feliz, o treinador adjunto do Petro de Luanda, Luis Garcia, exaltou o desempenho do grupo: "Com certeza que não esperávamos por um resultado tão volumoso como esse. Parece fácil, mas não foi. Nós tornámos o jogo fácil, porque entramos bem nos primeiros quinze minutos, onde marcámos cedo. Controlámos a bola, retirámos a iniciativa de jogo ao adversário e fomos eficazes na finalização, concretizámos as jogadas".

"No segundo tempo, aproveitámos para refrescar a equipa, dar mais minutos a outros jogadores. O nosso objectivo foi cumprido que eram os três pontos e estamos satisfeitos. O próximo jogo será a concentração máxima; respeitámos o adversário. Aliás, respeitamos todos os adversários. A preparação para cada jogo é diferente. Queremos ganhar para ficarmos em primeiro lugar no campeonato".

Finda Mozer (São Salvador) "Não devíamos sair de casa”

O treinador do São Salvador do Kongo, Finda Mozer, reconheceu o mau momento vivido pelos jogadores: "Em primeiro lugar dou os parabéns ao Petro de Luanda pela vitória, onde  aproveitaram os nossos erros. Nós entrámos desastrados nos primeiros 30 minutos e sofremos alguns golos que não estavam nas nossas previsões".

O desempenho da equipa deixou muito zangado: "São daqueles dias em que não podíamos sair de casa. Estivemos irreconhecíveis defensivamente, falhámos nas marcações e contra uma equipa como o Petro de Luanda foi fatal. Temos de melhorar neste aspecto no próximo jogo.

O adversário esteve melhor do que nós. Deixo uma palavra para a arbitragem que fez um bom trabalho e não sofre qualquer contestação. Não estivemos num bom dia e apresentámos vários erros que ditaram a nossa derrota. Temos de trabalhar mais para ultrapassar esses aspectos". 

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