Cultura

História do antigo Reino do Congo retratada em espectáculo

Maria Hengo

Jornalista

A preservação da história, sobretudo da luta contra a opressão colonial no antigo Reino do Congo, foi o foco do espectáculo apresentado pelo grupo Horizonte Ngola Kiluanji, na abertura da 10ª edição do Festival de Teatro da Paz, na quarta-feira, na Liga Africana, em Luanda.

19/04/2024  Última atualização 13H05
Os actores representaram a história de resistência do Congo © Fotografia por: DR

Antes da exibição da peça "África a História não se Apaga”, o pouco público na sala, em determinado momento, mostrava-se impaciente, aguardava pelo, início do espectáculo que arrancou às 20h00 e trinta minutos depois do horário previsto.

O cenário montado em palco com folhas de palmeiras e capim seco, criou uma certa expectativa do público que apreciava enquanto esperava a entrada em cena dos actores.

As cortinas abriram-se e o momento mais esperado aconteceu. O silêncio inicial, aumentava ainda mais a atenção do público ansioso por ver o espectáculo. As luzes da sala apagaram-se, como se de um anúncio se tratasse a entrada em palco dos actores. O grupo composto por 15 elementos, em minutos transformou a sala em momento de agitação. O silêncio, deu lugar ao grito de vitória e da revolução. Vestidos de traje africano, contavam de forma descontraída o percurso das histórias de guerra em África e os motivos pelas quais elas aconteciam.  O espectáculo narra a história dos africanos desde os tempos primórdios, a resistência à opressão colonial imposta por algumas figuras do Reino do Congo, com destaque para Kimpa Vita e Mfumo Kimbango, que lutaram contra a dominação colonial, particularmente o antigo Reino do Congo, por ser na altura o centro das atenções de África. 

O Festival de Teatro da Paz, inserido na programação do Circuito Internacional de Teatro (CIT), reserva para amanhã, no mesmo palco e horário, a exibição da peça "Entre o Kamba e o Kumbú” do grupo Protevida, e no domingo entra em cena o Amazonas Teatro, com a peça "Alambamento da Cantina”.

Durante duas semanas, os oito grupos levam em cena várias peças para saudar o Dia da Paz, assinalado a 4 deste mês. Cada dia vai ser exibida uma única peça, de acordo com o programa.

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