Em Angola, como em muitos países do mundo, o 1º de Maio é feriado nacional e costuma ser celebrado com marchas e comícios, em que se fazem discursos reivindicativos de direitos dos trabalhadores. Não é uma data qualquer.
Hoje, a nossa Nação e, particularmente, a comunidade jurídica assinala um ano da entrada em funções dos juízes de garantias, magistrado com dignidade constitucional que, entre nós, passou desde 2 de Maio de 2023 a ter a responsabilidade de salvaguardar os direitos individuais de qualquer pessoa alvo de investigação por um suposto acto criminal derivado da sua conduta.
As trocas comerciais, práticas tão antigas quanto a humanidade, enriquecem as nações e chegam a envolver uma parcela significativa do Produto Nacional Bruto, do ponto de vista da renda que entra para o país. Antigamente, tal como hoje, o comércio entre os povos ocorre quase que espontaneamente, ao ponto de as teorias do Comércio Internacional ficarem praticamente dispensadas do papel que delas se esperam.
É salutar ouvir e tomar conhecimento, segundo informações veiculadas pelo Jornal de Angola, na edição de segunda-feira, 08, que "centenas de cidadãos namibianos cruzam, diariamente, a fronteira em direcção ao Cunene para adquirir massango, massambala e milho em Ondjiva”. Há relatos interessantes relacionados com a procura de produtos agrícolas por parte de clientes namibianos, que precisam de ser encorajados, no sentido de uma mobilização que leve à especialização e competitividade por parte dos nossos produtores e comerciantes.
Aqueles dois factores, a especialização e a competitividade, devem mover os angolanos que integram a cadeia de produção, comercialização e distribuição para aprimorar o que melhor sabem fazer, face aos desafios das necessidades de consumo interno e do comércio com os países vizinhos. Com isso, não se está a fazer a apologia de um comércio que esvazie a procura e consumo internos, mas o fundamental é fazer vincar a ideia elementar, segundo a qual, quando estiver salvaguardado o mercado interno, se poderá apostar nos outros mercados.
Espera-se que, naqueles produtos em que Angola possui vantagens comparativas, haja capacidade de se aumentar a produtividade, porque, só com o fomento das trocas comerciais, salvaguardando sempre as necessidades internas, é que vamos ver as famílias e o Estado a enriquecerem.
Os especialistas defendem que não existe nenhum modelo acabado que valide o comércio internacional, razão pela qual faz todo o sentido que sejam facilitados os mecanismos necessários para que, a nível regional, os povos consigam transaccionar bens e serviços com liberdade, celeridade e eficácia.
Não é exagerado dizer e esperar que as autoridades angolanas e dos países vizinhos, bem como os respectivos povos, devem ser "desafiadas” a viabilizar e fomentar o comércio,dentro dos marcos legais e dos protocolos subscritos em nome das organizações regionais, claro, sempre com visão na reciprocidade de vantagens.
Importa salientar que o êxito desta empreitada passa, igualmente, por acções permanentes de concertação por via do diálogo, tendo em linha de conta as constantes metamorfoses que a dinâmica do mercado internacional impõe, muitas vezes com sentido de volatilidade.
Precisamos de ter uma movimentação intra e interfronteiriça que permita aos compatriotas, da mesma região, identificar os nichos de negócios existentes de um e outro lado que, não raras vezes, acabam inexplorados por falta de informação e deslocação. É o comércio que enriquece os povos.
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LoginTrinta e dois anos depois do estabelecimento das relações diplomáticas, Angola e Coreia do Sul voltam, como que a ser desafiadas não apenas a dar prova da excelência dos laços, por via do reforço das ligações já existentes, mas também a descobrir novas áreas de interesse comum.
Assinalou-se esta semana os cinquenta anos do 25 de Abril e também do início do processo de descolonização das chamadas colónias portuguesas em África. Passados cinquenta anos, dificilmente poderíamos imaginar que chegássemos ao nível de glorificação do Colonialismo e elogio da civilização colonial português a que se assiste no espaço público angolano.
Os desafios do mundo hodierno têm exigido das Organizações a adopção de uma filosofia de trabalho de excelência e comprometimento, baseada no cumprimento escrupuloso da lei e na inclusão de princípios éticos, bem como de responsabilidade social nos seus planos estratégicos para a satisfação dos interesses do público no contexto social.
A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
A entrada em função do juiz de garantias, a 2 de Maio de 2023, proporcionou imparcialidade na fase da instrução preparatória processual, nas medidas de coerção e exigiu dos tribunais reorganização interna dos magistrados judiciais e das secretarias.